O que é WannaCry e como proteger seus dados de ataques cibernéticos
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A transformação digital trouxe inúmeros avanços para as empresas, mas também aumentou os desafios no que diz respeito à segurança das informações.
Nesse contexto, os ataques cibernéticos tornaram-se mais sofisticados, exigindo uma postura cada vez mais proativa das empresas.
Um exemplo clássico e devastador desse cenário é o WannaCry, um ransomware que ganhou notoriedade ao paralisar milhares de sistemas em todo o mundo.
Empresas de todos os portes viram seus arquivos bloqueados, serviços interrompidos e o caos se espalhar, impactando diretamente sua produtividade e gerando enormes prejuízos financeiros.
Para muitos, o tempo de inatividade resultante foi uma dura lição sobre a importância de ter estratégias robustas de proteção contra ataques.
O que é o WannaCry?
O WannaCry é um ransomware, um tipo de software malicioso que sequestra os dados de um sistema, bloqueando o acesso a eles por meio de criptografia. Para liberar os arquivos, os atacantes exigem um resgate em criptomoedas, como o Bitcoin, ameaçando destruir ou manter os dados inacessíveis caso o valor não seja pago.
Esse ataque, também conhecido como WannaCrypt ou WanaCrypt0r 2.0, se tornou mundialmente famoso em maio de 2017, quando se espalhou rapidamente por milhares de computadores em mais de 150 países, atingindo empresas, hospitais, universidades e até serviços públicos.
Atingiu principalmente dispositivos com o sistema operacional Windows, explorando uma vulnerabilidade do sistema que já havia sido identificada pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA) e, posteriormente, corrigida pela Microsoft. No entanto, muitas empresas e usuários não haviam aplicado a correção necessária, permitindo que o malware se espalhasse rapidamente.
O WannaCry é um exemplo clássico de ransomware. Esse tipo de ataque funciona por meio de uma criptografia forte, que impede que o usuário acesse seus próprios arquivos até que uma chave de decodificação seja fornecida — mediante pagamento de um resgate, normalmente exigido em Bitcoin, para dificultar o rastreamento do dinheiro.
O impacto foi sentido globalmente, levando grandes organizações a interromper suas atividades e gerando um prejuízo estimado em bilhões de dólares.
Como o WannaCry se espalhou?
O ponto de partida do ataque foi a exploração de uma vulnerabilidade no sistema Windows, conhecida como EternalBlue, que havia sido desenvolvida e descoberta pela NSA.
A falha permitia que o malware se propagasse de um computador para outro dentro de uma rede local, sem a necessidade de intervenção do usuário. Mesmo que um único dispositivo fosse infectado, o WannaCry tinha a capacidade de se disseminar rapidamente por todos os sistemas conectados.
A grande inovação do WannaCry, em relação a outros malwares, foi sua habilidade de se propagar automaticamente.
Diferente de outros ransomwares, que dependem da interação humana para infectar computadores, como ao abrir um e-mail malicioso ou clicar em um link comprometido, o WannaCry explorava essa vulnerabilidade para se mover lateralmente dentro das redes, sem a necessidade de interação do usuário.
Após infectar o sistema, o WannaCry criptografa todos os arquivos do computador e exibe uma mensagem exigindo o pagamento de um resgate para liberar as informações.
O pagamento do resgate era solicitado em Bitcoin, uma criptomoeda que oferece um alto nível de anonimato para os criminosos, dificultando o rastreamento das transações.
A mensagem de resgate incluía um cronômetro, ameaçando aumentar o valor do resgate se não fosse pago dentro de alguns dias, e ameaçando apagar os dados caso o pagamento não fosse feito.
Consequências globais do ataque WannaCry
O impacto do WannaCry foi devastador, tanto em termos financeiros quanto operacionais. Grandes empresas e instituições em todo o mundo foram obrigadas a parar suas operações, resultando em prejuízos enormes.
No Reino Unido, o Serviço Nacional de Saúde (NHS) foi severamente afetado, forçando o cancelamento de cirurgias, consultas médicas e outros serviços essenciais. Pacientes em estado crítico tiveram seus atendimentos atrasados, gerando uma crise de saúde pública.
Além do NHS, grandes corporações como a montadora francesa Renault, a gigante espanhola de telecomunicações Telefónica, e a FedEx também foram duramente impactadas.
Essas empresas, assim como outras em todo o mundo, sofreram interrupções operacionais significativas. Os custos dessas paralisações não vieram apenas do resgate exigido pelos hackers, mas também das perdas financeiras resultantes do downtime prolongado e dos recursos necessários para restaurar os sistemas afetados.
Um ponto alarmante é que o WannaCry demonstrou a fragilidade de muitas infraestruturas críticas, expondo o quão vulneráveis sistemas importantes podem ser. Infraestruturas de saúde, de energia, de transportes e até de serviços financeiros foram atingidas, gerando pânico e reforçando a necessidade de uma postura mais rigorosa em relação à cibersegurança.
Embora a Microsoft tenha liberado uma atualização para corrigir a falha no sistema Windows, muitos computadores ainda não haviam sido atualizados, o que facilitou a disseminação do malware.
Isso levantou discussões sobre a responsabilidade das organizações em manter seus sistemas sempre atualizados e protegidos contra vulnerabilidades conhecidas.
Como age um ransomware como o WannaCry?
O ransomware funciona de maneira relativamente simples, mas devastadora. Após a infecção inicial, o malware busca arquivos no sistema da vítima que possam ser criptografados.
Isso inclui documentos, fotos, vídeos, planilhas e qualquer outro tipo de informação que o usuário possa considerar valiosa.
A criptografia utilizada pelo WannaCry é praticamente impossível de ser quebrada sem a chave de decriptação, que só é fornecida pelos criminosos mediante o pagamento do resgate.
Depois que os arquivos são criptografados, o sistema da vítima é bloqueado, e uma mensagem de resgate aparece na tela. Essa mensagem informa ao usuário que seus dados foram sequestrados e oferece instruções para o pagamento do resgate, incluindo o valor a ser pago, o método de pagamento (geralmente em Bitcoin) e o prazo para a realização do pagamento.
Caso o prazo não seja cumprido, o valor do resgate pode aumentar, ou, em alguns casos, os arquivos podem ser permanentemente destruídos.
É importante destacar que, mesmo que o pagamento seja realizado, não há garantia de que os criminosos irão de fato liberar os dados. Muitas vítimas relataram que, mesmo após o pagamento, não conseguiram recuperar seus arquivos, o que torna a decisão de pagar o resgate extremamente arriscada.
Impacto econômico do WannaCry
Estima-se que o WannaCry tenha causado bilhões de dólares em prejuízos globais. Esses prejuízos vão além dos resgates pagos.
Muitas organizações tiveram que arcar com os custos da paralisação de suas atividades, o que gerou uma onda de tempo de inatividade e perda de receita em diversos setores.
Além disso, os recursos necessários para restaurar os sistemas afetados, garantir a recuperação de dados e reforçar a segurança digital também foram substanciais.
Um dos fatores que contribuíram para o impacto econômico foi a velocidade com que o WannaCry se espalhou.
Dentro de poucas horas, o ransomware já havia se disseminado por grandes corporações, governos e infraestruturas críticas, criando uma crise global. As empresas afetadas não apenas perderam informações valiosas, mas também tiveram que lidar com a perda de confiança de seus clientes e parceiros.
Como agir após o ataque?
Quando um ataque de ransomware como o WannaCry ocorre, o tempo de resposta é crítico.
A primeira medida é isolar imediatamente o sistema infectado, evitando que o malware se espalhe para outros dispositivos na rede. Uma verificação completa deve ser realizada, identificando quais informações foram comprometidas e qual o nível de perda de dados.
Seguindo tal lógica, uma prática essencial é nunca pagar o resgate exigido. Embora o valor solicitado pareça uma solução rápida para recuperar o acesso aos arquivos, não há garantias de que a liberação realmente ocorra.
Além disso, isso incentiva os criminosos a continuarem suas práticas. Nesse caso, o mais recomendado é utilizar ferramentas de recuperação de dados confiáveis para tentar reverter o impacto causado pelo ataque.
Por fim, após a mitigação inicial, realizar uma auditoria de segurança é indispensável. Essa avaliação permitirá identificar falhas no sistema, fortalecer as barreiras de proteção e definir estratégias mais eficazes para evitar futuros ataques.
Protegendo sua empresa contra ataques de ransomware
Os ataques de ransomware, como o WannaCry, continuam sendo uma das maiores ameaças à segurança digital das empresas. Para se proteger, é fundamental adotar uma abordagem proativa e multifacetada de cibersegurança.
Isso inclui manter todos os sistemas e softwares sempre atualizados, com os patches de segurança mais recentes aplicados.
É crucial investir em soluções de armazenamento de dados seguras e confiáveis, como um storage NAS, que permite o backup automático e frequente dos arquivos da empresa.
Um storage NAS pode ser uma solução eficiente para proteger as informações da sua empresa. Além de facilitar o acesso controlado aos arquivos, ele permite que você faça backups regulares.
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Isso garante que, mesmo que um ataque ocorra, as informações possam ser rapidamente restauradas, minimizando o impacto do ataque e evitando perda de dados significativa.
O backup deve ser realizado de maneira regular e automatizada, assegurando que as informações mais críticas estejam sempre disponíveis, mesmo após um ataque cibernético.
Além disso, uma boa prática é seguir a regra 3-2-1: três cópias dos dados, em dois formatos diferentes, sendo uma delas em local externo. Dessa forma, você terá uma camada adicional de proteção, aumentando a capacidade de recuperação.
Os colaboradores também devem ser treinados para reconhecer e evitar possíveis ameaças, como e-mails de phishing, que são uma das principais portas de entrada para ataques de malware.
O treinamento regular em boas práticas de cibersegurança pode ajudar a reduzir o risco de infecções e garantir que todos na organização estejam cientes das melhores formas de proteger os dados.
Por fim, implementar soluções de recuperação de dados, como o uso de snapshots, pode oferecer uma camada adicional de proteção contra ataques. Com essas medidas em vigor, a empresa estará mais bem preparada para lidar com possíveis incidentes e evitar os impactos devastadores de um ataque cibernético.
A melhor solução de backup para sua empresa
Com as ameaças digitais em constante evolução, proteger os arquivos da sua empresa nunca foi tão importante.
O WannaCry foi apenas um exemplo das inúmeras formas que os criminosos podem utilizar para sequestrar suas informações e causar prejuízos financeiros e operacionais.
Investir em um storage NAS é a solução ideal para garantir que seus dados estejam sempre seguros, acessíveis e protegidos.
Com a capacidade de realizar backup automático e frequente, o NAS permite que você esteja preparado para qualquer eventualidade, sem depender de sistemas frágeis ou obsoletos.
Não espere até que um ataque aconteça para agir. Fale hoje mesmo com um de nossos especialistas da Data Storage e descubra como podemos ajudar a proteger sua empresa contra ransomware e outras ameaças digitais.
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